Raize. Mais de 10 milhões de euros investidos em micro empresas.
Quando ouviu falar do “mercado de capitais” para PME há quase 1 ano e meio atrás, Tiago Correia, um ex-bancário de Santa Maria da Feira, nem quis bem acreditar. “Era daquelas boas ideias de que todos falavam mas nunca nada aparecia feito”. Tiago é hoje CEO da marca de calçado AndIWonder, que no último ano obteve 45 mil euros de mais de 500 investidores.
Mais de 10 milhões de euros investidos nas micro empresas portuguesas
A Raize é a bolsa de empréstimos para micro e pequenas empresas em Portugal onde são investidores que emprestam diretamente às empresas. A plataforma conta hoje com mais de 13 mil investidores que investem diariamente em PME de todo o país e setores da economia. Ao todo, a Raize já realizou mais de 475 operações de financiamento desde do seu lançamento, num total de 10 milhões financiados, fazendo da Fintech portuguesa uma das plataformas em maior crescimento na península ibérica.
Em termos regulatórios, todas as operações de pagamento e transferência são asseguradas por uma instituição de pagamentos regulada e supervisionada pelo Banco de Portugal. “O Banco de Portugal tem mostrado muita abertura para promover inovação no setor bancário, o que é positivo para as empresas e para o consumidor na sua generalidade. Foi inclusive através de um evento do Banco de Portugal sobre Fintech que a Raize veio a celebrar uma parceria de 10 milhões de euros com o Banco BNI Europa para financiar PME nacionais.”
Encontra-se ainda previsto para 2017/2018 a implementação do novo regime regulatório sobre o financiamento colaborativo por parte da CMVM. "Estamos em contacto próximo com a CMVM com vista a apoiar o lançamento do novo regime. Apesar de já existir um enquadramento legal e regulatório bastante abrangente para a atividade, este novo regime da CMVM vai seguramente ajudar a reforçar a confiança dos investidores neste novo modelo de investimento".
Rentabilidade bruta acumulada de 19% desde do lançamento
Um dos pilares do funcionamento da bolsa Raize é a rentabilidade dos empréstimos realizados às PME. Segundo Afonso Fuzeta Eça, co-fundador da Raize e Professor na Nova School of Business and Economics, “investir através da Raize tem de ser um bom investimento. E os números mostram isso mesmo. Desde do lançamento em 2015 que os empréstimos através da Plataforma geraram uma rentabilidade bruta de 19%, ou seja, cerca de 7% ao ano. Estes valores comparam muito bem em termos de risco/retorno com as restantes classes de ativos, nomeadamente ações e obrigações.”
Nota: É possível consultar toda a informação sobre a atividade da Bolsa através da página de estatísticas.
"Desde do lançamento em 2015 que os empréstimos através da Plataforma geraram uma rentabilidade bruta de 19%, ou seja, cerca de 7% ao ano."
Portugal está a crescer. Mas as micro empresas estão a ficar para trás
Segundo os resultados de um recente inquérito realizado pelo INE, as empresas portuguesas perspetivam um aumento nominal de 5,1% do seu investimento em 2017. Estes valores revelam uma melhoria da conjuntura económica e fazem antever mais investimento e crescimento nos próximos meses. Contudo, e apesar da boa conjuntura, o estudo mostra que as micro e pequenas empresas (com menos de 49 empregados) continuam a sentir muitas dificuldades para investir.
De acordo com José Maria Rego, co-fundador da Raize, "os resultados deste inquérito mostram a realidade das empresas mais pequenas. A verdade é que existe uma grande discrepância no acesso a financiamento entre empresas pequenas, médias e grandes. E é precisamente esta discrepância que torna o trabalho da Raize e o financiamento dos investidores tão importante."
Os resultados do inquérito revelam que as micro e pequenas empresas são o único escalão de empresas que não está a conseguir aproveitar o ciclo económico para investir. O principal fator limitativo identificado pelos gerentes foi a fraca capacidade de autofinanciamento das empresas - o que faz com que seja necessário obter financiamento externo.
"A verdade é que existe uma grande discrepância no acesso a financiamento entre empresas pequenas, médias e grandes. E é precisamente esta discrepância que torna o trabalho da Raize e o financiamento dos investidores tão importante."
Fonte: Inquérito INE, Julho 2017. Evolução da Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) por número de empregados nas empresas.
Investimento para empresas com menos de 2 anos
À margem do Lisbon Summit 2017, a Raize anunciou o lançamento de uma nova linha de financiamento a jovens empresas portuguesas – a Linha “Raize Start”. A linha tem como objetivo investir em empresas com menos de 2 anos, mas com atividade em curso, um modelo de negócio sólido e bom potencial de crescimento.
A Raize apresentou publicamente a sua nova linha para empresas com menos de 2 anos durante o Lisbon Investment Summit 2017.
Segundo os responsáveis da Raize, “há muitas jovens empresas que estão a desenvolver um excelente trabalho e que podem ser um ótimo investimento. Queremos ajudar estas empresas a crescer, ao mesmo tempo que alargamos o leque de oportunidades para os investidores. Estamos confiantes que os investidores acompanharão o investimento atendendo ao potencial das empresas em questão. O retorno das operações também estará em linha com o risco acrescido das mesmas.”
As primeiras operações da Linha Start já começaram no mês de julho e agosto, com boa procura por parte dos investidores.
Sobre a Raize
A Raize é a maior bolsa de empréstimos nacional, onde são investidores que emprestam diretamente às empresas. Desde do seu lançamento em Portugal, a Raize já realizou mais de 475 operações de financiamento junto de micro e pequenas empresas com um valor total superior a 10 milhões de euros. A plataforma tem atualmente mais de 13 mil investidores.
Todas as operações de pagamentos, transferência e receção de fundos e cobranças são asseguradas pela Raize Serviços de Gestão, S.A., uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal com o nº 8711.
Lembre-se que emprestar a micro e pequenas empresas é um investimento de risco que pode resultar na perda do seu capital.
Créditos fotográficos: Coleção Edge Art, obra "Jantar Possível", por Nuno Vasa (2003)