"As PME portuguesas estão hoje mais bem preparadas do que em 2011."

Os mercados internacionais têm estado mais agitados ultimamente, com vários choques a afetar os mercados de câmbio, de ações e de dívida. No entanto, são vários os fatores que nos permitem olhar para os próximos meses com confiança e otimismo.

Neste artigo, apresentamos 4 razões para manter a confiança e o otimismo na economia portuguesa.

4 razões para mantermos a confiança e o otimismo:

  • As famílias e as empresas reduziram significativamente o seu nível de endividamento face a 2011 e estão hoje mais bem preparadas para gerir uma eventual crise económica ou redução do acesso ao crédito. A redução foi mais acentuada no segmento empresarial onde o total de financiamento caiu cerca de 36%;

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  • A crise dos mercados emergentes está a ter um impacto limitado (até ao momento) na capacidade de financiamento externo de Portugal. Portugal emitiu recentemente 1.4 mil milhões em obrigações de curto-prazo (até 12 meses) onde a taxa de juro foi apenas ligeiramente mais elevada face a emissões comparáveis de Julho deste ano (embora com alguma queda na procura) - mais informação disponível aqui;

  • Apesar do ligeiro abrandamento, o turismo em Portugal "continua na moda", e a impulsionar muitos setores como a hotelaria, restauração, alojamento e transportes. Segundo o INE, o número de hóspedes caiu ligeiramente face ao ano passado, compensado contudo por um aumento de preços e da receita global. Recorde-se que o ano de 2017 foi particularmente bom para o turismo nacional, onde se estima que o número de turistas estrangeiros tenha atingido 21,2 milhões, mais 17% em relação a 2016 - mais informação disponível aqui;

  • Avista-se a resolução do processo "Brexit" e a atenuação da crise Italiana o que deverá contribuir para a estabilização política e económica da Europa. Contudo, as tensões entre a China e os EUA tornaram-se o principal foco de preocupação dos agentes de mercado.

... mas apesar de toda a confiança, os pagamentos a horas continuam a ser um problema em Portugal.

Segundo dados recentes de um estudo da Informa D&B, a grande parte das empresas portuguesas paga com um atraso médio de 26 dias, sendo que apenas 15% cumprem em média com prazos.

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Estes números mostram como é importante fazer uma boa gestão de tesouraria - capaz de suportar eventuais deslizes de clientes. Os pagamentos em atraso e constrangimentos de liquidez continuam a ser um dos problemas do setor empresarial português e afetam, em muitos casos, a capacidade de investimento das empresas (em particular das mais pequenas).


Sobre a Raize

A Raize é a bolsa de empréstimos para micro e pequenas empresas, onde são investidores que emprestam diretamente às empresas. A Raize conta hoje com mais de 33 mil investidores e já realizou mais de 850 operações de financiamento junto de micro e pequenas empresas.

A Raizecrowd, Lda é uma entidade gestora de plataforma de financiamento colaborativo por empréstimo autorizada e supervisionada pela CMVM. Todas as operações de pagamentos, transferência e receção de fundos e cobranças são asseguradas pela Raize Serviços de Gestão, S.A. Sociedade Aberta, uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal com o nº 8711.

Emprestar a micro e pequenas empresas é um investimento de risco que pode resultar na perda do seu capital.