Na Raize, temos acompanhado de forma próxima os efeitos do surto de COVID-19 em território nacional, e em particular junto do setor empresarial, e partilhamos aqui as nossas perspetivas sobre o atual momento e o futuro.
1. Empresas reduziram significativamente o seu endividamento nos últimos 10 anos e estão hoje mais bem preparadas para suportar eventuais quedas de atividade.
Segundo dados do Banco de Portugal, as empresas portuguesas reduziram significativamente o seu nível de endividamento nos últimos 10 anos. O total de empréstimos a empresas recuou 43% desde 2009 (máximo histórico) e representa agora cerca de €67 mil milhões. Os valores de crédito das empresas regressam assim aos níveis de 2001, o que confere às empresas maior flexibilidade e capacidade para suportar eventuais quedas de atividade (nem todas terão) ou restrições no acesso ao crédito (mitigado pela atuação das linhas públicas).
2. Para as empresas que nos têm solicitado, temos analisado e viabilizado caso-a-caso as necessárias reestruturações para assegurar a sustentabilidade dos negócios, a manutenção do emprego e o cumprimento das obrigações para com os investidores.
Ao longo do último mês, temos recebido pedidos de esclarecimento por email e telefone por parte de empresas sobre a possibilidade de reestruturar os seus empréstimos. Em muitos casos, e após interação com a Raize, os empresários concluem que não precisam de efetivar uma reestruturação nesta fase. Nos casos onde se afigura como necessário, a Raize procede à análise e viabilização caso-a-caso de uma reestruturação dos empréstimos, para assegurar a sustentabilidade dos negócios, a manutenção do emprego e o cumprimento das obrigações para com os investidores. Todos os pedidos são analisados em detalhe e com vista à otimização de resultados.
Com base nesta abordagem, temos conseguido minimizar o número de reestruturações devido ao COVID-19 (à data apenas 3.4% dos empréstimos em curso) e verificamos um impacto residual nos níveis de cumprimento, o que reflete positivamente sobre a robustez das empresas financiadas pela Raize.
3. Continuamos a analisar e a financiar novas oportunidades de investimento em empresas portuguesas para oferecer aos investidores boas rentabilidades.
De acordo com o estudo publicado pelo Banco de Portugal e pelo INE a 14 de abril de 2020, cerca de 82% das empresas portuguesas mantém-se em funcionamento durante este período de confinamento, ainda que com alguma redução de atividade.
Neste contexto, temos continuado a analisar os pedidos de financiamento de centenas de micro e pequenas empresas portuguesas durante as últimas semanas. Com o apoio e a confiança dos investidores, mantivemos em pleno funcionamento o nosso canal de financiamento à economia, o que tem feito a diferença na vida de muitas empresas que continuam a trabalhar para assegurar serviços essenciais e postos de trabalho. Em termos dos nossos modelos de aprovação, ajustámos os mesmos para refletir esta nova realidade, assim como os novos dados económicos, resultando em critérios mais apertados de acesso a financiamento.
Desde o lançamento da Raize, os investidores obtiveram uma rentabilidade média anual de 6.24%, com o índice de perda muito baixo (especialmente para os investidores com uma carteira diversificada). Estamos a trabalhar para assegurar que continuamos a oferecer a si e a todos os investidores estes níveis de retorno. Investir nas micro e pequenas empresas portuguesas vale muito a pena.
4. Colocámos à disposição do Governo a tecnologia e os serviços da Raize (sem fins lucrativos) para apoiar na distribuição das Linhas COVID-19 pelas empresas.
No passado dia 16 de abril, escrevemos ao Ministro de Estado e da Economia uma carta aberta que coloca à disposição das autoridades a tecnologia e os serviços da Raize (sem fins lucrativos). O objetivo é ajudar na distribuição das linhas públicas COVID-19, que não têm chegado às empresas com a devida agilidade devido ao excesso de burocracia.
No início de março, já tínhamos feito chegar uma outra proposta ao Ministério da Economia referente à integração da Raize e dos investidores no mecanismo de garantia do Estado para ajudar a financiar as micro e pequenas empresas (tal e qual como os bancos). Defendemos esta integração como uma forma adicional de dinamizar o financiamento às PME no atual enquadramento económico. Nos EUA e em outros países europeus, as Fintechs já estão a ser amplamente utilizadas pelos Governos para fazer chegar dinheiro rapidamente às empresas.
5. “Promover uma economia mais enraizada na sociedade e menos dependente do sistema financeiro tradicional”.
Foi com esta visão que construímos a Raize e nos propusemos a servir os nossos clientes - investidores e empresas. A Raize é hoje um dos financiadores de referência das micro e pequenas empresas, uma das maiores comunidades de investimento em Portugal e uma verdadeira alternativa ao setor bancário. Pioneiros em Portugal no desenvolvimento de serviços e utilização de novas tecnologias na área financeira, somos também uma das poucas empresas cotadas na bolsa de Lisboa. A nossa jornada continua.
Por isso, pode contar com a nossa dedicação incansável para continuar a assegurar os bons níveis de rentabilidade dos seus investimentos, assim como para ajudar o país, as empresas e as famílias a superar este momento que atravessamos.
Agradecemos a confiança depositada,
Equipa Raize
Sobre a Raize
A Raize é um dos financiadores de referência das PME portuguesas e uma das maiores comunidades de investimento em Portugal com mais de 57 mil investidores registados. Pioneiros em Portugal no desenvolvimento de serviços e utilização de novas tecnologias na área financeira, somos também uma das poucas empresas cotadas na bolsa de Lisboa.
A Raizecrowd, Lda é uma entidade gestora de plataforma de financiamento colaborativo por empréstimo autorizada e supervisionada pela CMVM e a Raize - Instituição de Pagamentos, S.A. Sociedade Aberta, é uma instituição de pagamentos autorizada e supervisionada pelo Banco de Portugal com o nº 8711. A Raize - Instituição de Pagamentos, S.A. é uma sociedade aberta e cotada na Euronext Lisbon.